Skip to main content

Índice

Economia social de mercado Open item

A Lei Fundamental como constituição da República Federal da Alemanha não prevê uma deteminada ordem econômica, porém exclui, uma economia de mercado puramente livre. Desde a criação da República Federal da Alemanha em 1949, a economia social de mercado forma a base da política econômica alemã.  A economia social de mercado foi desenvolvida e implementada por Ludwig Erhard, o primeiro ministro da Economia e, mais tarde, o chanceler federal. A sua concepção fundamental está baseada no princípio da liberdade de uma economia de mercado, complementados com medidas de ajustes sociopolíticas. Por um lado, a livre atuação das forças do mercado deve ser viabilizada. Por outro, o Estado assegura uma rede social para garantir os riscos.

O euro é a moeda corrente da União Econômica e Monetária e, depois do dólar, o segundo maior representante do sistema monetário mundial. Responsáveis pela moeda única são o Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt, juntamente com os bancos centrais dos países membros. O euro é a moeda oficial de 20 dos 27 países da UE. Ele passou a circular na Zona Euro, inclusive na Alemanha, em 1o de janeiro de 2002 como papel moeda, depois de ser oficialmente a moeda comum para as transações comerciais desde o início de 1999.

ecb.europa.eu

Exportação Open item

Alemanha é uma das principais nações exportadoras. Em 2022, foram exportados bens e serviços no valor de 1.576 bilhões de euros. A balança comercial externa fechou com um superávit de 81 bilhões de euros. A força das exportações se baseia principalmente no desempenho da indústria alemã. A indústria de manufatura vende 50% de seus produtos no exterior. Em alguns setores, o volume de negócios externos é ainda consideravelmente maior: a indústria automotiva atingiu uma quota de exportação de 76%.

bmwi.de

Governo federal Open item

O chanceler federal e os ministros compõem o governo federal ou gabinete. O chanceler baseia-se na prerrogativa de estabelecer as diretrizes da política do governo. Paralelamente, os ministros dirigem, no âmbito dessas diretrizes, a respectiva área de trabalho de maneira autônoma e sob responsabilidade própria, observando o princípio de coleguismo, segundo o qual o governo federal decide as questões sem consenso de acordo com o princípio da maioria qualificada. O chanceler é o chefe do governo.

O chanceler federal Open item

O chanceler é o único membro eleito do governo federal. A Constituição lhe dá o direito de escolher os ministros e os chefes dos órgãos políticos mais importantes. O chanceler decide ainda sobre o número de ministros e define as pastas de cada um. Ele detém a prerrogativa de estabelecer as diretrizes da política do governo. Com estas competências, o chanceler possui um arsenal de instrumentos governamentais que podem ser comparados ao poder dos presidentes das democracias presidenciais. O Conselho Parlamentar, que estabeleceu a Lei Fundamental em 1949, baseou-se na figura do primeiro-ministro britânico como modelo para o chanceler federal. Ele dispõe dos mesmos meios para exercer o poder que o primeiro-ministro britânico que, por sua vez, tem na realidade um poder incomparadamente maior. No sistema parlamentar da Inglaterra governa somente um único partido, porque o sistema eleitoral britânico é por maioria e favorece o partido mais forte. No Parlamento Federal, normalmente nenhum partido detém a maioria sendo sempre necessária a formação de uma coalizão para eleger o chanceler federal.

A eleição do chanceler é precedida de conversações detalhadas entre os partidos que devem governar juntos. Ali são acertados os detalhes sobre a distribuição dos ministérios entre os partidos, quais deles serão mantidos e que novos serão criados. Ao partido mais votado é concedido o direito de eleger o chanceler federal. Os partidos estabelecem de comum acordo os projetos a desenvolver nos próximos anos legislativos. Os resultados dessas negociações de coalizão são fixados num acordo de coalizão. Somente após essas etapas o chanceler é eleito. As negociações entre os partidos do governo preparam as decisões do governo federal e o acompanham. Quando o estoque de afinidades políticas se esgota, antes da eleição de um novo parlamento, vem a pauta a substituição do chanceler federal. Com a demissão do chanceler em exercício através de uma moção de desconfiança – construtiva – é necessária a eleição simultânea de um novo chanceler. Essa quebra ofensiva da confiança parlamentar obriga os partidos representados no Parlamento Federal a formar uma maioria governamental nova e capaz, antes da queda do chanceler federal. A queda do chanceler federal foi tentada duas vezes, mas só uma vez com sucesso. Isso aconteceu em 1982, quando com o voto de desconfiança contra o então chanceler federal Helmut Schmidt (SPD) foi eleito para o cargo Helmut Kohl (CDU).

O chanceler federal pode também, a qualquer momento, apresentar a questão da confiança ao Parlamento Federal para testar se ainda conta com o apoio irrestrito dos partidos governamentais. Se ela lhe for negada, isto é, se parte da maioria governamental distanciar-se do chanceler, cabe ao presidente federal a decisão de dissolver o parlamento e convocar novas eleições. O presidente federal pode também convocar o parlamento a formar um novo governo.

Nunca houve na História da República Federal da Alemanha uma verdadeira derrota numa moção de desconfiança. Houve, no entanto, três derrotas programadas: os deputados dos partidos governamentais ou os ministros abstiveram-se de votar, para provocar a queda do governo (1972, 1982, 2005). Esse caminho foi trilhado para possibilitar a realização antecipada de eleições gerais não permitidas pela Lei Fundamental. Para tanto é necessário o apoio do presidente federal e a medida não deixa de ser juridicamente controversa.

O empresariado médio, o sustentáculo da economia Open item

A economia alemã caracteriza-se sobretudo pela presença  de empresas de pequeno e médio porte (MPEs), bem como de profissionais liberais e autônomos. Cerca de 99,4 por cento de todas as empresas pertencem ao chamado empresariado médio. Consideram-se empresas de porte médio firmas com um faturamento anual de menos de 50 milhões de euros e com menos de 500 funcionários. Cerca de 55 por cento dos assalariados trabalham em MPEs. A maior parte das MPEs é administrada pelo proprietário, ou seja, o capital majoritário e a direção da firma estão na mão de uma só pessoa. Muitas vezes, as empresas são transmitidas por herança de uma geração a outra.

Fazem parte dos pontos fortes do empresariado médio a capacidade de rápida introdução de novos produtos no mercado, a sua orientação internacional, seu alto grau de especialização e a capacidade de ocupar com sucesso nichos de mercado. São essas características que, em especial, tornam as empresas alemãs de médio porte líderes do mercado mundial nos respectivos setores.

Política econômica Open item

A configuração e coordenação da política econômico-financeira é, conforme o sistema federativo, tarefa conjunta da Federação, Estados e municípios. Eles colaboram em diversos grêmios. Além disso, o governo federal é aconselhado por cientistas econômicos independentes. Todos os anos em janeiro, o governo federal apresenta ao Parlamento Federal e ao Conselho Federal o Relatório Econômico Anual. Ele contém uma exposição das metas da política econômico-financeira do governo federal para o ano em curso e os elementos do planejamento das políticas econômica e financeira. A livre concorrência constitui uma condição para o funcionamento da vida econômica na Alemanha, a qual é protegida pela Lei contra Limitações da Livre Concorrência. Essa lei proíbe procedimentos adversos à livre concorrência de empresas e também de países. Igualmente são criticadas as fusões de empresas, as subvenções estatais e as barreiras de acesso ao mercado, no tocante à eficácia da concorrência.

→  bmwi.de